quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Os melhores discos ao vivo - parte 4

31) The Doors - "Absolutely live" (1970). Lançado durante uma séria crise na banda - o famoso escândalo de Miami - o disco vinil duplo resgata o potencial e energia da banda ao vivo. Sem dúvida alguma The Doors foi uma das bandas mais importantes, intelectualizadas e contagiantes dos anos 60, principalmente no final dos anos 60, e Jim Morrison um dos maiores ícones da história do rock de todos os tempos.
32) Ten Years After - "Undead" (1968). O grande mérito do TYA eram seus shows ao vivo. "Undead" foi o segundo disco lançado pela banda, e ao vivo. No estúdio eles não se sentiam a vontade, faltava a presença e a troca com o público, e seus discos eram, a maioria, fracos. "Undead" é uma porrada do início ao fim, catapultando o excelente guitarrista Alvin Lee ao estrelato mundial. O ponto alto da banda pode ser conferido no festival de Woodstock (1969), numa performance inesquecível.
33) Grateful Dead - "Live dead" (1969). uma das bandas símbolo do psicodelismo de São Francisco, Os Dead faziam shows que duravam horas, embalados por viagens psicodélicas e com o apoio de um público chapadão de LSD. Esse LP duplo tenta mostrar um pouco do clima daquelas viagens, dirigidas principalmente pela guitarra magistral do grande Jerry Garcia, em canções longas e inspiradas.
34) Focus - "At the rainbow" (1973). A excelente banda de rock progressivo holandês merecia um álbum duplo ao vivo, em vez desse simples LP. Mesmo assim dá para se deliciar com o talento de Thijs van Leer, nos teclados e flauta, e Jan Akkerman na guitarra, principalmente no clássico "Hocus pocus".
35) Rainbow - "On stage" (1977). Após sair do Deep Purple, o guitarrista Richie Blackmore formou a excelente banda Rainbow, trazendo o carismático e grande vocalista Ronnie Dio. "On the stage" mostra a energia e virtuosismo da banda no seu auge, marcada pelo rítmo forte do já falecido baterista Cozy Powell, um dos melhores bateras de todos os tempos.
36) Kiss - "Alive II" (1978). Como adolescente rockeiro não resisti a energia e o barulho do Kiss ao vivo. Ouvir "Alive II" a todo volume era uma maravilha para incomodar família e vizinhos. Passados 30 anos continuo achando que é o melhor disco ao vivo da banda (apesar de fazer uns 30 anos que não ouço); lá estão os meus clássicos favoritos e a banda no auge da fama e popularidade teen.
37) Santana - "Moonflower" (1977). Álbum duplo intercalando músicas ao vivo e composições inéditas. O mestre da guitarra está completamente a vontade, esmerilhando velhos clássicos e esbanjando técnica em novas canções belíssimas. Destaque para a versão ao vivo de "Europa" (recém composta, em 1976) e para a bela "Waiting".
38) Sting - "Bring on the night" (1986). Nunca gostei muito do Sting, nem do The Police. Aquela coisinha de "doo doo doo da da da" uma merda. Quando ouvi "Bring on the night" tive que tirar o chapéu. O cara selecionou uma excelente banda de jazz (Winton Marsalis, Omar Akim, entre outros) e fez um álbum belíssimo. Dentro daquela aridez de meados dos anos 80, o disco foi um dos melhores do ano.
39) BAP - "Live Demnähx bess" (1983). A minha banda de rock alemã favorita, pouco conhecida no Brasil, infelizmente. Wolfgang Niedecker, vocalista, compositor e mentor da banda é um Bob Dylan alemão, lembra tanto visualmente quanto em algumas composições. É a banda alemã mais americana que eu conheço. Esse álbum duplo de 83 traz a banda no auge de seu pique e criatividade. Um dos meus discos ao vivo favoritos.
40) Frank Zappa - "Zappa in New York" (1977). Zappa, além de guitarrista excepcional, é um dos maiores gênios da música contemporânea. Essa gravação dos anos 70 é um álbum duplo que nos remete ao seu universo único e criativo. Uma verdadeira experiência sonora.

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