domingo, 12 de outubro de 2014
Sobre o disco "Transformer" - Lou Reed (1972)
Sou fã da música de Lou Reed. O primeiro disco que comprei foi "O Melhor de Lou Reed", uma coletânea nacional lançada no começo dos anos 80, e que tinha na contracapa uma resenha escrita pelo crítico e produtor musical Ezequiel Neves, descobridor do Cazuza. Uma bela coletânea, na qual o clássico "Walk on the Wild side" era o carro chefe. Depois comecei a comprar outros vinis de Lou Reed e acabei por conhecer toda a obra dele, e logicamente do Velvet Underground, graças à Internet. De todos os seus álbuns o meu preferido, e escolhido como o melhor, era o "Berlin", de 1973. Sempre lia que o disco "Transformer", de 1972, era a sua obra-prima. Eu ouvia e achava que não tinha a densidade e força poética comparável com "Berlin", achava até muito comercial. Hoje em dia, depois de comprar um "box" com os cinco primeiros discos de estúdio de Lou Reed, e ouvir atentamente o CD de "Transformer" tive que reconhecer a grandeza e importância do disco... A produção de Bowie e Mick Ronson é perfeita, as músicas são tocadas e interpretadas magistralmente, destacando clássicos perfeitos como "Walk on the Wild Side", "Vicious" (com riffs de guitarras marcantes), "Satellite of Love", "Goodnight Ladies", e, talvez, a melhor música que Lou Reed fez na sua brilhante carreira: "Perfect Day". Escrevo isso porque sei que não se fazem mais discos assim hoje em dia, muito menos surgem músicos como Lou Reed. Continuo achando "Berlin" o seu melhor trabalho, mas agora "Transformer" também brilha, cada vez mais, em grandeza e genialidade.
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