domingo, 13 de setembro de 2009

Discos subestimados - "The final cut" (Pink Floyd)

O Pink Floyd poderia ser classificado em três fases: 1] fase antiga, pré-clássica (ou fase Sid Barret) do primeiro LP "The piper at the gates of dawn (1967); 2] fase clássica, do LP "A saucerful of the secrets", de 1968, até o disco da "orelha" (Meddle), de 1972. A fase clássica é a minha favorita. Depois vem a fase moderna, do disco "The dark side of the moon", de 1973, até o "Animals", de 1977. Então vem a fase pós-moderna com "The wall", de 1979, e termina com "The final cut", de 1983. O que vem depois, para mim, não é de grande importância, apenas para os aficcionados.
Esta postagem é sobre um dos discos mais subestimados da carreira dessa grande banda, o último com Roger Waters, "The final cut', de 1983. Vamos voltar um pouco ao tempo com "Animals", de 77, e veremos que, apesar de ser um disco enxuto, todos acreditavam que o Pink estava no fim de suas forças. A grande surpresa veio através do "The wall", de 79, grande blockbuster, tão surpreendente que poucos se deram conta da enorme mudança de som da banda, tudo embalado por "Another brick in the wall" e, mais tarde, pelo filme de Alan Parker. Sem dúvida alguma "The wall" é brilhante e o anti-clímax da banda. A diferença entre "The final cut" e "The wall" é praticamente inperceptível; "The final cut" é uma continuação de "The wall", e, se a crítica e público foram unânimes frente a "The wall", é difícil entender porque a crítica (e não o público) desprezou "The final cut". Defendo aqui que, "The final cut" é um disco belíssimo, com destaque para as melodias, para o aspecto melancólico, dramático de suas canções. Apesar das relações turbulentas entre os integrantes da banda, nunca David Gilmour tocou com tanta emoção ( de raiva ou de dor) em praticamente todas as músicas; seus "riffs" são afiados como navalhas e uivantes como lobos famintos. Nick Mason faz uma bateria a altura dos solos de Gilmour (um verdadeiro trovão), e todas as músicas são de uma beleza estonteante. Ouça Gilmour e Mason em "Your possible pasts", o solo de guitarra é pra matar, "The fletcher memorial home", um petardo de riffs, e a co-irmã da grande "Confortably numb", do "The wall, a faixa "the final cut", simplesmente sublime. Um dia esse disco receberá as honras que merece, assim como foi com Lou Reed, trinta anos depois com sua obra-prima "Berlin", de 1973.

4 comentários:

  1. po, seu blog é muito legal, cara. Você é um artista e tanto (mais como artista plástico do que como músico, sinceramente kkkk).
    Gostei mto das suas capas de cd's e dos desenhos.

    Se um dia minha banda lançar o cd que tanto planejamos, quem sabe ate pedimos uma ajuda tua? XD

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  2. Estamos aí, é só entrar em contato. Valeu!

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